AULA DIA 10 DE MARÇO 2017..
PEREIRA, Elisabete Monteiro de Aguiar. - Revista
de Ensino Superior Unicampi nº 14 período de Julho a Setembro. A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE
E NA PÓS-MODERNIDADE: IMPLICAÇÕES PARA A UNIVERSIDADE.ENTREGA DA RESENHA DO TEXTO
Cristiana Santos –
Emanuelle Correia – Gustavo Lucas – José Herbert e Tatiane Costa.*.
O artigo realizado pela professora Titular
da Faculdade de Educação da Unicamp e Coordenadora do Grupo de Estudos e
Pesquisa sobre Educação Superior (GEPES) Elisabete Monteiro Pereira
Aguiar em resumo busca relacionar os parâmetros de construção do conhecimento e
suas influências na forma de ver e organizar o pensamento científico e as novas
configurações que se colocam para a Universidade – e para a própria educação –
no bojo do processo sociocultural e histórico que se convencionou chamar Modernidade
em comparação com a Pós-modernidade.
Diante da contextualização de momentos
históricos sobre a Modernidade, que não apenas foi superada pela pós - modernidade,
bem como, reestruturou o olhar acerca dos
relacionamentos humanos em face ao mundo que os cerca e do próprio conhecimento além da Universidade ser a base do discurso desse
artigo, nos quais os padrões teóricos do conhecimento que instrumentaram a
ciência e a tecnologia na idade moderna foram analisados, bem como sua relação
com a estrutura da universidade moderna originada a partir do modelo da Universidade
de Berlim. A obra aborda historicamente essas reconstruções de processos do
conhecimento que culminaram na superação do paradigma da razão na era moderna,
como se lê no texto de Elizabeth Pereira Aguiar no qual ela discorre sobre as
mudanças de pensamento da época relacionando seus respectivos pensadores. O
trabalho inicialmente faz referência ao termo "modernidade" e sua seu
significado amplo defendido e ditado por Verger (1990), que permeia todos os
aspectos do mundo, seja sociopolíticos, religiosos ou culturais.
A pesquisa aponta e analisa os aspectos do pensamento científico com base em Nicolau
Copérnico, Galileu Galilei, Francis Bacon e Descartes, que confirmam as ideias
da autora, que declara que devido a tais pressupostos foi possível falar de um “modelo
global” de racionalidade científica , de forma a compreender e transformar o
mundo em seu amplo domínio cientifico tornou-se a única forma de distinguir e
estabelecer regras para um pensamento sistematizado.
Essas ideias influíram como diz o texto
de Elisabeth, diretamente na organização do pensamento acadêmico e, por
conseguinte é um reflexo de modelos atuais, ou de ruptura de moldes que não
suprem as necessidades atuais, ou seja, é um processo que alcança a
Universidade, obrigando-a a uma reflexão acerca de seu papel, cortejando novas
formas na produção e construção do conhecimento, na qual a modernidade foi
regida pela ideia de igualdade, liberdade e fraternidade alicerçadas nos ideais
iluministas de fé na inteligência humana, que culminaram na Revolução Francesa.
Ao discutir o desenvolvimento da Modernidade
na universidade a autora enfatiza que essa configuração de ver e fazer ciência que
influenciou fortemente à organização curricular e estrutural das universidades
nos séculos XIX e XX. E faz uma crítica à fragmentação do conhecimento de
acordo com alguns autores como: PEREIRA, DRÉZE e DEBELLE, CUNHA e LYOTARD,
reafirmando que a consequência dessa fragmentação traz perdas tanto para o
professor como para o aluno e limita o conhecimento.
O texto traz uma discursão pertinente
que nos faz refletir sobre nosso papel como futuro educador e nos coloca no
centro da problematização, quando a autora cita o exemplo das Universidades
Brasileiras e diz que a questão mercadológica do ensino fez com que as
Universidades deixassem de responder somente à necessidade de fazer ciência adotando
o pragmatismo de formação para o trabalho no qual o estudante é visto como um
produto.
Todavia, trazer uma reflexão crítica
sobre a modernidade baseada em ROUSSEAU, WEBER NIETZCHE, HEIDEGGER, ADORNO,
HORKHEIMER de maneiras distintas que se complementam com suas peculiaridades para
discutir o desencadeamento da Modernidade. Podemos aqui nos apropriar do
discurso filosófico da modernidade do século XVIII caracterizado pelo iluminismo,
em defesa da razão contra todas as formas de obscurantismo visando o progresso
da razão e conjectura a modernidade, que se constrói pela necessidade transformação
contínua do presente em relação ao passado.
Apesar das grandes expectativas de
racionalidade afirmada pelos iluministas corroborou a crítica da própria razão
moderna, já que os ideais da razão não correspondiam à realidade, reproduzindo
uma razão a serviço do poder e da dominação e assim a busca do conhecimento na
modernidade se transforma em esperanças frustradas da razão moderna.
É possível ponderar na obra que quando se
busca novos pressupostos do conhecimento científico deve – se avaliar uma relação
do homem com a natureza não apenas de maneira subjetiva das transformações entre
ambos, deve-se ter um olhar mais profundo que sustenta as modificações apoiadas
em conhecimento – manifestação de modificações na estrutura social que
contribuem para reflexão de desafios lançados as universidades, alavancados
pela crise de uma racionalidade que propõe uma explicação, de maneira que a pós-modernidade
oportuniza o questionamento de seu papel como agente capaz de reger o conhecimento.
A interdisciplinaridade, no interior
desse processo, torna-se ferramenta de grande importância para subsidiar a
eficaz formação e atuação especializada do estudante, no que conclui Elisabete
Monteiro de Aguiar Pereira – dentre tantos outros aspectos abordados em seu
trabalho – que caberá às universidades de todo o mundo responder a esses
dilemas, recuperando a capacidade de se autoquestionar, lançando-se na utopia
da construção de um projeto que identifique a sua função contemporânea.
A
análise se encerra discutindo questões que envolvem o currículo, a transversalidade
e a pós-modernidade, contemplando evolução científico-tecnológica, cidadania,
multiculturalismo. Para que haja superação das concepções equivocadas de ciência , além da superação do fracionamento
do saber e da descontextualização dos problemas. A autora enfatiza a necessidade
de igual superação que ciência e filosofia abrangem em um conjunto maior na
busca do papel social da Universidade inserido no contexto de pluralismo
cultural, solidariedade e teorias científicas emergentes, que refutam uma
suposta neutralidade da ciência, propondo em seu interior uma profunda reflexão
de natureza ética. Não é preciso novos currículos apenas como novos conteúdos a
serem agregados aos já vigentes, mas, sobretudo, em tê-los como instrumentos
para o estabelecimento de relações de entendimento entre a produção e
construção de conhecimento.
Este artigo nos traz
uma importante contribuição para a compreensão do ambiente escolar – e principalmente
o universitário diante das transformações e reorientações de paradigma que a
condição pós-moderna propõe no tradicional, já que o projeto da Modernidade
falhou segundo o texto, devido à fragmentação da vida em especialidades
independentes. E diante dessa reflexão de um reconhecimento de um novo papel das
INSTITUIÇÕES UNIVERSITÁRIA o papel do professor e o aluno nesse cenário são
destaques, não para consolidação de modelos perfeitos, mas, sobretudo ser base
notória de constantes melhorias para educação.
·
Estudantes
de Graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas – UFAL/2017
·
Alunos
da disciplina Organização de Trabalho Acadêmico, ministrada pelo Professor
Fernando Pimentel.
- Um grupo ficou responsável pela avaliação do trabalho de outro grupo.Ou seja nossas resenhas foram analisadas por nossos colegas de turma.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO DO PROFESSOR FERNANDO PIMENTEL